O fogo começou durante uma tentativa de fuga, quando os presos puseram fogo nos colchões. Ao menos 180 presos estavam amontoados no local – três vezes a capacidade. “O incêndio causou tanta fumaça que as pessoas começaram a morrer nos espaços fechados”, disse Carlos Palma, diretor de um grupo sem fins lucrativos que vigia as prisões, ao Washington Post.
Iniciado pouco antes do horário de visitas, e muitos familiares dos presos estavam do lado de fora enquanto a cadeia queimava. A polícia os afastou com gás lacrimogêneo e balas de borracha, enquanto eles se desesperavam tentando encontrar os parentes, deixando-os furiosos com o que eles dizem que é um sistema profundamente falido e corrupto de leis e governo. “Não somos cachorros ou algo menos. Queremos justiça,” disse uma mulher que perdeu seu filho de 26 anos no incêndio. “Muitos filhos ficaram sem pais hoje. Culpados ou inocentes, não é justo que morram assim. Os responsáveis tem que pagar”. Outra mulher alegou que a polícia tinha jogado gasolina no fogo.
Incêndios em prisões são epidêmicos na América Latina. O incêndio que matou mais gente aconteceu em Comayagua, Honduras, em 2012, matando 361. Um artigo no NFPA Journal sobre o incêndio calculou que a probabilidade de morrer num incêndio de prisão na América Latina é 200 vezes maior que nos EUA. “Muitos dos maiores incêndios em prisões da região são resultado da superlotação e falta de níveis adequados de segurança contra fogo”, diz o artigo. “Cortinas e outros materiais combustíveis em volta das camas são comuns... como também os aparelhos elétricos e a consequente sobrecarga das tomadas”.
A melhor maneira de evitar estes incêndios, conclui o artigo, é através da implementação de códigos como o NFPA 1, Código de Prevenção de Incêndios e o NFPA 101, Código de Segurança da Vida.