Em 19 de setembro um terremoto de magnitude 7,1 atingiu o México central, derrubando prédios e matando mais de trezentas pessoas, a maioria na Cidade do México. O tremor ocorreu no aniversário do devastador terremoto de 1985, que matou milhares. Também veio depois de outro terremoto de magnitude 8,2 que sacudiu a parte sudoeste do país em 7 de setembro.
De acordo com Antonio Macias, representante da NFPA para a América Latina e Caribe, que mora na Cidade do México e estava numa conferência sobre segurança de incêndio na cidade no dia do terremoto, centenas de prédios caíram ou estão em perigo de cair na capital do país.
Para Macias e muitos outros, o incidente levanta sérias questões sobre quanto são seguidas corretamente as exigências de construção da cidade. “Muitos dos prédios que caíram não cumpriam os códigos de construção e não tinham as licenças apropriadas, de modo que penso que haverá necessidade de uma avaliação dos prédios na cidade para conferir que estejam de acordo com os códigos de construção”, disse Macias.
Uma reportagem do The Guardian mostrou que os residentes da Cidade do México fizeram milhares de queixas sobre violações do código de construção antes do terremoto, e muitos dos prédios que geraram estas queixas foram muito danificados ou acabaram em ruínas. Apesar das suspeitas de problemas nas construções, tanto Macias com Olga Caledonia, diretora de Operações Internacionais da NFPA, que também estava no México durante o terremoto, elogiaram a reação calma e de apoio dos civis envolvidos no desastre. “Do que pude ver, o compromisso mexicano na educação de seus cidadãos sobre como reagir a desastres naturais está funcionando”, disse ela. “Os esforços contínuos do país na pratica de medidas de segurança se mostraram na forma como as pessoas se comportaram e confortaram umas às outras”.