A NFPA 25, Norma para a Inspeção, Teste e Manutenção de Sistemas de Proteção Contra Incêndios com Base em Água, é uma norma relativamente nova. A primeira edição foi publicada em 1992 e a edição de 2017 será a sétima revisão do documento original. A NFPA 25 foi amplamente adotada e continua a evoluir e amadurecer e esta visibilidade aumentada dá mais dados e informações para o comitê técnico usar na melhoria da norma. A edição de 2017 reflete esta evolução, com mudanças para facilitar seu uso e melhorar seu objetivo constante de garantir um nível aceitável de segurança da vida e proteção da propriedade da maneira mais eficiente possível.
O processo de desenvolvimento das normas da NFPA é baseado no conceito de fazer todos os interessados terem voz e, provavelmente, não existe norma da NFPA com uma gama maior de interessados ativos – incluindo donos de propriedades, fiscais, seguradoras, fabricantes e fornecedores de serviços – do que a NFPA 25. Quando estes interessados discutem uma possível nova exigência para a norma, o debate se foca, na maioria das vezes, na razoabilidade da exigência – será que o custo de fazer (ou de não fazer) alguma coisa é compensado pelo benefício derivado? Em nenhum lugar este conceito é mais evidente que na manutenção de um sistema de proteção contra incêndios. A evolução da NFPA 25 é impulsionada pelo seu propósito de “garantir um grau razoável de proteção contra fogo para a vida e a propriedade”, e as mudanças propostas para a edição de 2017 foram feitas com o mesmo princípio em mente.
Formatação simplificada dos capítulos
Muitas das mudanças da edição de 2017 se referem a problemas de uso. (Enquanto escrevo a norma ainda não está finalizada, todas as mudanças aqui mencionadas são baseadas no relatório do segundo rascunho do comitê técnico). É importante reconhecer que a primeira edição da NFPA 25 foi desenvolvida de documentos existentes que continham atividades de inspeções, testes e manutenção, como a NFPA 13A, Práticas Recomendadas para Inspeção, Testes e Manutenção de Sistemas de Sprinkler, e a NFPA 14A, Práticas Recomendadas para Inspeção, Testes e Manutenção de Sistemas de Hidrantes Verticais e Mangueiras. Muitas das tabelas originais e textos destes documentos foram trazidos para a NFPA 25 e nunca substancialmente revisados. À medida que novas tabelas foram acrescentadas para mais tipos de sistemas, o resultado foi uma falta de consistência na organização e layout dos capítulos tratando de sistemas individuais.
Por exemplo, o Capítulo 5, “Sistemas de Sprinklers”, especifica o escopo atividades de inspeções, testes e manutenção (ITM) e quaisquer ações corretivas no texto do capítulo, enquanto o Capítulo 6, “Sistemas de Subidas e Mangueiras” usa uma tabela para tratar destes assuntos. Complicando ainda mais as coisas para o usuário, no Capítulo 7, “Rede de Serviço de Bombeiros Particular”, e no Capítulo 8, “Bombas de Incêndio”, tanto o texto como múltiplas tabelas têm que ser examinados para determinar o escopo e as ações corretivas associadas a várias tarefas de ITM. Esta inconsistência entre capítulos resultou em erros editoriais e exigências mal interpretadas.
Para atender a estes assuntos, a edição de 2017 adota um único formato para todos os capítulos tratando de sistemas e suprimentos de água. A criação de um formato único para o layout dos capítulos e tabelas tornou mais fácil navegar na norma para o usuário casual e elimina muitos dos problemas encontrados no documento pelo comitê técnico e o pessoal de publicação. Cada capítulo tem uma tabela de sumário para as tarefas de ITM, e o escopo de cada tarefa e quaisquer ações corretivas são encontrados no texto do capítulo. Além do mais, as tarefas individuais de ITM estão listadas em ordem alfabética em todas as tabelas.
Localização das exigências de componentes
A edição de 2017 também trata de uma variedade de assuntos que criaram confusão para os usuários da norma por muito tempo, incluindo a consolidação de todas as exigências de inspeções e testes num lugar do Capítulo 13. Os usuários vão descobrir que o Capítulo 13 está renomeado na edição de 2017 como “Componentes e Válvulas Comuns”. Medidores são um componente comum, e localizando as exigências num único lugar garantirá a consistência no desenvolvimento e aplicação das exigências de ITM.
Outra coisa que criou confusões foi a combinação de exigências para válvulas de dilúvio e de pré-ação. Isto era particularmente verdade quanto às exigências de testes, já que sistemas de dilúvio e de pré-ação tem problemas muito diferentes e distintos. A edição de 2017 separa as exigências para os dois sistemas, o que vai ajudar muito aos usuários na identificação da exigência específica para cada válvula e sistema. Além disso, válvulas de mangueiras têm uma seção e uma linha separada na tabela de sumário do Capítulo 13. As exigências para válvulas de mangueiras eram seguidamente esquecidas porque foram omitidas na tabela de sumário.
Mudanças técnicas
A edição 2017 da norma não contém tantas mudanças técnicas como as anteriores – prova de que a norma está amadurecendo depois de vinte e cinco anos de uso. Embora haja menos revisões técnicas, há várias que merecem menção, incluindo frequências reduzidas para algumas inspeções e testes, exigências sobre inspeções e testes automáticos, coordenação entre o proprietário e o provedor de serviços para a descarga de água e a inclusão de exigências de ITM para hangares de aviões.
O comitê técnico continua a tratar do assunto da razoabilidade na frequência reduzida para algumas inspeções e testes. As edições de 2011 e 2014 da NFPA 25 trataram do assunto com a permissão para testes mensais sem fluxo para bombas de incêndio elétricas e ao permitirem que a frequência de inspeções internas de tubulações fosse determinada por uma avaliação de riscos aprovada. Exemplos de revisões feitas na edição de 2017 incluem reduzir a frequência da inspeção de placas de informações hidráulicas de trimestrais para anuais, a inspeção externa de válvulas de alarme de mensal para trimestral e de dispositivos de alarme de válvulas de controle de trimestral para semestral. Além disso, os testes de dispositivos de controle de supervisão exceto os usados nas válvulas foram revisados de semestrais para anuais.
O comitê técnico da NFPA 25 reservou uma seção na edição de 2014 da norma para atender o assunto dos testes automáticos. Com a introdução no mercado de dispositivos que testam automaticamente alguns componentes dos sistemas, a edição de 2017 fornece exigências para a manufatura e uso destes dispositivos. As exigências incluem a necessidade de os dispositivos produzirem a mesma ação que a exigida pela norma; que os dispositivos sejam listados; que os dispositivos que circulam água descarreguem a água de teste a cada três anos e que a falha de um sistema ou componente em passar num teste automático precisa resultar num sinal de supervisão audível junto com um sinal de problema de acordo com a NFPA 72, Código Nacional de Alarme e Sinalização de Incêndio.
Uma pequena, mas significativa revisão foi feita quanto à responsabilidade do proprietário do imóvel. Danos não intencionais causados pela descarga de água são uma das áreas mais comuns de passivo financeiro para proprietários e o provedor de serviços, que é a razão porque a norma agora exige que o proprietário se coordene com a entidade conduzindo as atividades de ITM para minimizar os danos que possam ocorrer quando descarregando água. Esta simples revisão busca minimizar este passivo financeiro exigindo que as partes se juntem e investiguem as condições antes de qualquer função que envolva a descarga de água, para garantir que as condições que poderiam levar a danos sejam resolvidas.
Finalmente, a NFPA 25 de 2014 teve o acréscimo do Capítulo 16, que contém as exigências para ITM de outros documentos da NFPA. A edição de 2017 também contém exigências da NFPA 409, Norma sobre Hangares para Aeronaves. Estas exigências se juntam com as da NFPA 13D, Norma para a Instalação de Sistemas de Sprinklers em Residências Uni e Bi Familiares e Casas Industrializadas, sistemas usados em pequenas instalações de residência e cuidados como exigido pelo NFPA 101, Código de Segurança da Vida.
Para informações sobre o processo da edição de 2017 da NFPA 25, visite nfpa.org/25
Russell Leavit é o presidente executivo da Telgian Corp., em Phoenix, AZ, e membro da diretoria da NFPA. É membro do Comitê Técnico sobre Inspeções, Testes e Manutenção de Sistemas de Proteção Contra Fogo com Base em Água.
Ainda mais usável
Do mesmo modo que a edição de 2017 da NFPA 25, a edição de 2019 da NFPA 13 também está sendo reorganizada. Por David R. Hage, engenheiro.
A NFPA 25, Norma para a Inspeção, Teste e Manutenção de Sistemas de Proteção Contra Incêndios com Base em Água, não é a única norma relativa a sprinklers que está sofrendo mudanças. A edição de 2019 da NFPA 13, Norma para a Instalação de Sistemas de Sprinklers, também está recebendo uma profunda avaliação, e uma quantidade de recomendações foram feitas para melhorar a organização da norma e sua usabilidade. Em dezembro de 2013, na reunião do primeiro rascunho da edição 2016 da NFPA 13, o comitê técnico correlator da NFPA 13 indicou que há redundâncias na norma que aumentaram o tamanho do documento, sem acrescentar clareza às exigências. O comitê instruiu todos os comitês técnicos de sprinklers para que racionalizassem a norma para que ficasse mais fácil de obedecer. Desde então, um grupo tarefa de formatação foi montado para tratar destes problemas, com a ideia de estruturar a norma para seguir a lógica de projetar, planejar e instalar um sistema de sprinklers.
Uma das características mais marcantes da proposta reformulação da NFPA 13 é o desdobramento do anteriormente Capítulo 8, “Exigências de Instalação”, em capítulos individuais, cada um deles tratando de um tipo diferente de sprinkler. Adicionalmente, as exigências para armazenamento seriam condensadas de oito capítulos em quatro exigências específicas para sprinklers diferentes, com um capítulo dedicado a armazenamento em estantes. O Capítulo 9, “Pendurando e Amarrando”, foi dividido em capítulos separados para ajudar a esclarecer exigências de suporte para canos de sprinklers. (Um pedido foi enviado ao Conselho de Normas para um novo projeto sobre suporte de canos pelo Comitê de Suportes e Amarrações. Essencialmente, o pedido pede por um novo projeto tratando dos suportes e amarras para todos os tipos de sistemas com base em água, e então permitir que os documentos afetados citem as exigências apropriadas nas suas próprias normas.)
A NFPA 13 está sendo processada no ciclo de revisão anual de 2018, com as entradas do público fechado no fim de junho. O relatório do primeiro rascunho será publicado em 1º de março de 2017. Para submeter entradas sobre a reformulação proposta ou mudanças técnicas, visite nfpa.org/login.
David R. Hague é o engenheiro chefe de proteção de incêndios da NFPA e a pessoa de ligação para a NFPA 13.
Um esboço da norma reorganizada mostra onde a NFPA 13 está indo:
Capítulo 1 Administração
Capítulo 2 Publicações Citadas
Capítulo 3 Definições
Capítulo 4 Exigências Gerais
Capítulo 5 Suprimentos d’Água
Capítulo 6 __________Instalação de Tubulação Subterrânea
Capítulo 7 _Exigências para Componentes de Sistemas e Equipamento
Capítulo 8 _______Tipos de Sistemas e Exigências
Capítulo 9 _Exigências de Localização de Sprinklers
Capítulo 10 _Exigências de Instalação para Sprinklers Pendentes Padrão, Em Pé e Spray de Parede
Capítulo 11 _Exigências de Instalação para Em Pé de Cobertura Estendida, Pendente e Spray de Parede
Capítulo 12 _Exigências de Instalação para Sprinklers Residenciais
Capítulo 13 _Exigências de Instalação para Sprinklers CMSA
Capítulo 14 _Exigências de Instalação para Sprinklers de Supressão Precoce e Resposta Rápida
Capítulo 15 _Exigências de Instalação para Sprinklers especiais
Capítulo 16 _Instalação de Tubulações, Válvulas e Acessórios
Capítulo 17 _Exigências de Instalação para Suportes e Ganchos das Tubulações do Sistema
Capítulo 18 _Exigências de Instalação para Proteção Sísmica
Capítulo 19 _Abordagens de Projeto e Cálculos
Capítulo 20 _Exigências Gerais para Armazenamento
Capítulo 21 _Exigências para Sprinkler Spray Padrão para Aplicações de Armazenamento
Capítulo 22 _Exigências de CMSA para Aplicações de Armazenamento
Capítulo 23 _Exigências de ESFR para Aplicações de Armazenamento
Capítulo 24 _Projetos Alternativos de Sistemas para os Capítulos 21 a 23