‘Dirigíamos como locos’

 

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‘Dirigíamos como locos’

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NFPA 1500

Do Comando de incêndio ao Equipamento de Proteção Individual e às práticas de condução temerárias, o combate a incêndio nas décadas passadas era uma fraternidade orgulhosa e suja com poucas regras ou procedimentos estabelecidos – e um número alarmante de mortes e ferimentos de bombeiros.

Contudo, com a adoção em 1987 da NFPA 1500, Programa de Segurança e Saúde no Trabalho dos Departamentos de Bombeiros, tudo isso começou a mudar. Trinta anos mais tarde, o NFPA Journal interroga alguns dos principais arquitetos da norma para que relatem sua história até hoje: sua criação, as controvérsias e seu impacto duradoiro.

Em maio de 1987, os membros da NFPA votaram formalmente a aceitação da NFPA 1500, Programa de Segurança e Saúde no Trabalho dos Departamentos de Bombeiros, a primeira norma nacional abrangente lidando com a saúde, a segurança e o bem-estar dos bombeiros. Nunca antes em sua história de 200 anos os bombeiros da nação tinham recebido um conjunto tão abrangente de requisitos mínimos para manter seus membros seguros – um fato incrível, considerando os perigos que a profissão acarreta e a quantidade de bombeiros mortos ou feridos em serviço.

O novo documento apresentava requisitos para um amplo espetro de questões de segurança, incluindo equipamento e treinamento, veículos de combate a incêndio, qualificações profissionais, exames médicos, desenvolvimento de registros médicos, comitês de segurança e melhores práticas. Pela primeira vez, os cintos de segurança eram obrigatórios nos veículos de combate a incêndio e os bombeiros deviam sentar dentro dos caminhões. Os condutores dos veículos receberiam regras e treinamento. Os bombeiros fariam exames médicos. O equipamento deveria ser testado para garantir o cumprimento do nível mínimo de segurança. Os bombeiros deveriam usar aparelhos autônomos de respiração e os corpos de bombeiros deveriam manter registros de saúde e investigar e registrar incidentes e acidentes.

Hoje essas sugestões parecem obvias, mas 30 anos atrás muitos as consideravam radicais. O Comitê Técnico do documento foi inundado de comentários públicos, o maior número de comentários já recebidos até aquele momento para um documento da NFPA. Alguns predisseram o fracasso e proclamaram que sua adoção levaria ao fim dos bombeiros nos Estados Unidos. Outros aclamaram o documento como uma tentativa muito tardia de lidar com o mau desempenho dos serviços em termos de segurança. Cada um concordava em que era, como mínimo, uma ruptura audaz do status quo.

O impacto do documento foi radical. Durante as três décadas que seguiram a criação da NFPA 1500, a média anual de mortes de bombeiros em serviço caiu em 40 por cento enquanto o número total de respostas aumentou em mais de três vezes. Os ferimentos de bombeiros diminuíram em 30 por cento. Entretanto, o equipamento, os veículos, os procedimentos, o comando do incidente, as operações de combate a incêndio entre outros, foram todos desenvolvidos levando em conta a segurança dos bombeiros. Tudo faz parte daquilo que o Dr. Denis Onieal, administrador adjunto da U.S. Fire Administration, chamou “a evolução do serviço de bombeiros duma vocação a uma ocupação a uma profissão.”

O verdadeiro legado da NFPA 1500 tem sido “criar uma mudança cultural entre os bombeiros – por primeira vez os bombeiros se concentraram na saúde e na segurança e ao longo dos anos deu resultados,” disse J. Gordon Routley, chefe de divisão do Corpo de Bombeiros de Montreal, que foi durante anos bombeiro em Phoenix e membro original do Comitê Técnico da NFPA 1500. “Passamos duma atitude de ‘Este é um negócio perigoso e devemos aceitar os riscos, a dizer ‘é um negocio perigoso, mas devemos fazê-lo da forma mais segura e humana possível.’ Penso que a cultura da segurança já está instalada agora; ainda está evoluindo, mas está firmemente estabelecida. Não se pode voltar atrás com isso.”

O NFPA Journal falou em profundidade com Routley e muitos dos outros responsáveis pela elaboração da primeira versão da NFPA 1500 assim como alguns dos primeiros adotantes e bombeiros de longa data cuja profissão foi transformada profundamente pelo documento. Eles reflexionaram sobre suas carreiras no serviço de bombeiros antes da NFPA 1500 e sobre sua criação, a reação que causou e o legado dessa norma fundamental quanto à saúde e à segurança dos bombeiros.

Os anos 1960 e 1970: A abordagem dos cowboys

“A operação no terreno envolvia muito trabalho por conta própria. Nossa forma de abordar os incêndios era quase como a luta livre. Ninguém prestava contas. A descrição de tarefas e a coordenação eram muito novos”.

- Alan Brunacini, ex-Comandante do Corpo de Bombeiros de Phoenix, presidente original do comitê técnico da NFPA 1500.

“Era uma abordagem de cowboys do combate a incêndio.”

-J. Gordon Routley, chefe de divisão do Corpo de Bombeiros de Montreal, que foi durante anos bombeiro em Phoenix e membro original do comitê técnico da NFPA 1500.

“Usávamos qualquer EPI que aparecesse ao menor custo... Víamos capacetes de fibra de vidro sem enchimento ou proteção contra os golpes, luvas de plástico que se derretiam nas mãos, calças que não ofereciam proteção contra o fogo, talvez dois aparelhos de respiração para uma equipe de seis a oito bombeiros. O treinamento era mínimo e transmitido sem um conhecimento definido do que devíamos saber.

-Ken Willette, ex-Comandante de bombeiros em Concord, Massachusetts, atualmente diretor de segmento de socorristas da NFPA.

Dependendo de quem era o oficial, você podia ouvir ‘nem se preocupem em levar esse SCBA – não é assim que combatemos os incêndios aqui,’”.

-Scott Kernwood, atual chefe da Hutto (Texas) Fire Rescue, que entrou no comitê da NFPA 1500 em 1988.

“Todos tínhamos caminhões de caixa aberta, sem cintos de segurança, viajávamos no estribo ou nas tampas traseiras. Lembro que dirigíamos na chuva torrencial e havia mais água dentro do caminhão que fora. Ou quando nevava, viajávamos agachados para nos proteger do frio cortante.” – K.W.

Dirigíamos como loucos”- A.B.

“O primeiro funeral dum bombeiro que atendi foi em Easthampton, Massachusetts, ele tinha caído dum caminhão durante uma resposta a um incidente. Um pouco mais tarde fui ao funeral dum bombeiro que morreu quando uma parede de tijolos ruiu na sua cabeça – ele levava um capacete de alumínio sem proteção contra os golpes. Como jovem bombeiro, nem passou pela minha cabeça que aquelas mortes eram desnecessárias. –K.W.

“Apesar disso, era um ambiente de glamour e romance. Depois duma chamada, você sacava o equipamento de proteção e o atirava no caminhão, subia na parte traseira, segurava-se com uma mão e partia. Para um jovem bombeiro, havia um sentimento de excitação, de desafiar o perigo” – K.W.

“Parte da história de ser bombeiro é arriscar a vida, e ainda fazemos isso.” – A.B.

Os primeiros estrondos da mudança

Em finais dos anos 1970 e início dos anos 1980, as coisas começaram a mudar. Apesar de ainda pouco usual, os corpos de bombeiros de todo o pais começaram a contratar oficias de segurança e a criar programas de segurança. Crescia o sentimento silencioso que os corpos de bombeiros deviam assumir maior responsabilidade na proteção de seus empregados.

“Penso que nos anos 1980 começou a haver no serviço de bombeiros um reconhecimento geral que estávamos ferindo e matando demasiados bombeiros”.

-Phil Stittleburg, comandante do corpo de Bombeiros de La Farge (Wisconsin), membro do comitê técnico da NFPA 1500 desde 1988 e ex-presidente do conselho diretor da NFPA.

“Nos anos 1980, os aparelhos de respiração autônoma (SCBA, da sigla em inglês) já existiam, mas era culturalmente difícil convencer os bombeiros de usá-los ... havia como uma tendência suicida.” – A.B.

“Eu estava sempre preocupado, desconcertado e agitado por causa de algumas das coisas estúpidas que fazíamos que prejudicavam os bombeiros. Acho que desenvolvi uma preocupação sobre segurança e bem estar em nossa organização e como fazíamos as coisas na cena do incêndio. Para ser brando, digamos que as coisas não estavam muito bem organizadas.” – A.B.

“Naquela época víamos números de mortes de bombeiros em serviço da ordem dos 120 a 140 anualmente. Sabíamos que muitas eram evitáveis, mas era apenas a forma aceita de fazer o trabalho.” – J.G.R.

“Dirigir um corpo de bombeiros numa cidade em crescimento rápido como Phoenix criou muitas oportunidades de fazer as coisas de forma diferente. Começamos a fazer muitas mudanças nos 10 a 15 anos antes de desenvolver a NFPA 1500. Muitas das coisas que pusemos na norma refletem as medidas que tomamos aqui em Phoenix... no serviço de bombeiros éramos vistos como um grupo de revolucionários excêntricos doidos pela segurança.” –A.B.

“Naquela época eu era adjunto do comandante dos bombeiros Brunacini em Phoenix, então eu era um dos fanáticos da segurança. Éramos conhecidos por essa abordagem de vanguarda da segurança.” –J.G.R.

“As vozes daqueles primeiros adeptos da segurança pregando no deserto eram cada vez mais fortes e mais pessoas começaram a dizer que precisávamos lidar com o problema ao nível nacional.” – K.W.

“Compreendemos que o processo ideal para lograr isso era a estrutura de códigos e normas da NFPA. Esse é um lugar onde você pode identificar os aspectos que podem mudar e conectá-los com um sistema de apoio – estruturá-los, distribuí-los, informar às pessoas e resolver alguns daqueles conflitos internos.”- A.B.

“O desenvolvimento da norma era um esforço para afirmar que a nossa posição era levar a sério a saúde e segurança no serviço de bombeiros.” J.G.R.

Em 1983, ao som do coro dos apaixonados da segurança cujas vozes cada vez mais numerosas manifestavam com insistência suas preocupações, a NFPA criou um comitê técnico para dirigir o desenvolvimento duma nova norma visando o desenvolvimento de requisitos mínimos de saúde e segurança para os bombeiros.  O primeiro comitê consistia de 19 membros e quatro suplentes.

“Não foi um punhado de consultores que escreveu isso, foi um grupo de trabalhadores que se juntaram. Éramos as pessoas que iriam viver de acordo com as normas que criamos.” – A.B.

“Casei-me no sábado e no domingo viajei a Phoenix para nossa primeira reunião do comitê.”

-Murrey Loflin, bombeiro e pesquisador no Instituto Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho e membro fundador do comitê técnico da NFPA 1500.

“Era um excelente grupo de pessoas. Havia pessoas reflexivas, pessoas criativas, uns eram muito extrovertidos e outros muito quietos. Todos estavam ali porque queriam tornar o serviço de bombeiros mais seguro e penso que foi isso que nos motivou para avançar.” –A.B.

“Era como fazer salsichas. As idéias brotavam e meu trabalho era capturar todas as idéias na sala, entende-las, fornecer uma estrutura, voltar e dizer, ‘Aqui estão os resultados da última reunião. ’” –J.G.R.

“Qualquer pessoa que já trabalhou com o chefe Brunacini [membro fundador do comitê técnico da NFPA 1500] sabe que ele é um homem de visão. Ele tinha uma visão claríssima das ações necessárias para aprimorar a segurança dos bombeiros e ele nos mantinha na direção certa.” –M.L.

“As pessoas berravam, gritavam, discordavam. Esse entusiasmo nunca me aborreceu – eu penso que é assim que resolvemos os problemas e fazemos coisas novas. As nossas propostas não diziam respeito apenas a mudanças físicas, eram mudanças culturais.” –A.B.

“Sofríamos uma grande pressão. Naquela época eu era também presidente do comitê de saúde e segurança da Associação Internacional de Comandantes de Bombeiros (IAFC) e na IAFC receavam que o projeto da NFPA 1500 tomasse uma direção demasiado radical. Era como estar entre a espada e a parede. Eu estava no meio de fogo cruzado. Penso que todos os membros do comitê estavam na mesma posição.” –J.G.R

“Independentemente da organização que você representasse, todos entendiam a importância daquilo que estávamos tentando fazer porque nunca se tinha feito antes.”-M.L.

“Quando chegou o momento, recebemos entre 1200 e 1400 comentários públicos sobre o documento, uma situação absolutamente inédita no processo de elaboração de códigos da NFPA.” –M-L.

“Processar todos os comentários era um trabalho enorme. Recordo nitidamente quando ordenava o conteúdo de caixas de papeis para fazer a síntese. Penso que fomos três a passar praticamente uma semana num quarto traseiro para reduzir aquilo a uma série de questões e propostas alternativas que o comitê poderia tratar em alguns dias de reuniões. Alguns dos comentários trouxeram assuntos que não tínhamos considerado na nossa abordagem e o processo de fato melhorou o documento.” –J.G.R.

“Quando chegou o momento de votar o documento final na reunião anual houve muitas discussões e pessoas testemunhando, mas lembro que passou facilmente. Era muito difícil votar contra esse tipo de coisa. É pouco provável que alguém se levante numa reunião e se oponha ao conceito que as pessoas deveriam usar um aparelho de respiração e usar um cinto de segurança, mesmo se tiverem fortes opiniões contrarias sobre isso, não é o tipo de questão que as pessoas vão levantar em público.”-A.B.

Nasceu uma norma

A adoção do documento não queria dizer que alguns no serviço de bombeiros não estivessem furiosos por causa da existência da NFPA 1500. Antes, durante e depois do voto, a controvérsia continuou. Muitas pessoas no serviço de bombeiros expressaram em voz alta seu desgosto e profetizaram a ruína como resultado da nova norma.

“A NFPA 1500 era um pára-raios. A norma elevou a discussão ao nível nacional.”-K.W.

“As pessoas estavam chocadas. Elas pensavam, ‘Um grupo de idiotas se juntaram num quarto de hotel e agora eles nos dizem que não podemos mais fazer isto ou aquilo. ’ Estávamos violando uma série de práticas tradicionais do serviço de bombeiros que existiam há 200 anos.” –A.B.

“Não tem uma idéia de quantas pessoas nos disseram que isso seria o fim dos bombeiros na América, que já não seriam capazes de trabalhar se a NFPA for adotada”J.G.R

“Uma das maiores preocupações era qual seria o impacto financeiro. Outra preocupação era que junto com o não cumprimento viria a responsabilidade, que os corpos de bombeiros seriam continuamente demandados pelo público se não cumprirem uma parte da NFPA 1500.” –P.S.

“Alguns perguntavam se a NFPA 1500 teria um impacto nas operações ou nos impediria de fazer nosso trabalho e salvar vidas. A resposta obviamente era não.” –K.W.

“Havia um requisito que obrigava os departamentos a manter uma base de dados de saúde confidencial e havia uma grande preocupação sobre o grau de confidencialidade que teria na realidade, particularmente em departamentos pequenos.”-P.S.

“Eu era muito bem qualificado para fazer isso. Fui agente da mudança em Phoenix durante 20 anos antes da NFPA 1500 e enfrentei pessoas durante 20 anos defendendo essas abordagens. Como comandante, estava acostumado a levantar-me de manhã e as seis já tinha 20 caras que gritavam para mim. Tinha alguma preparação e treinamento para isso.” –A.B.

A norma definitiva dizia que as autoridades competentes (AHJs, da sigla em inglês) eram responsáveis por determinar um cronograma para a adoção das novas provisões pelos Corpos de Bombeiros. Finalmente, a nova norma foi adotada esporadicamente e por partes em todo o país. Alguns departamentos avançaram rapidamente na adoção da NFPA 1500 enquanto outros resistiram.

“Quando você passa da ausência do conceito de segurança a uma abordagem fanática da segurança, não o faz num passo, corta pedaços e toma-os um de cada vez. Penso que nossa meta era que os corpos de bombeiros fizessem tudo isso num tempo razoável. Acho que foi isso que aconteceu durante 29 anos e meio. Coisas que antes eram consideradas como extremamente radicais são agora práticas usuais.” -J.G.R

“Eu diria que entre oito e 10 anos a maioria dos corpos de bombeiros tinham incorporado muitos elementos da NFPA 1500. As mudanças que fizemos eram precisas há muito tempo e isso ajudou ao avanço rápido da norma.” –A.B.

“Como oficial de segurança em Tulsa, a NFPA 1500 quando foi publicada se tornou meu documento de trabalho e facilitou a minha tarefa – validou o meu trabalho. Mas eu encontrei resistências. Ouvia muitas vezes ‘Puxa! É o cara da segurança outra vez, porque está na minha cena de incêndio? ’ ou “como assim tenho que usar meu SCBA?’ ou ‘Sempre fizemos isso assim, deixa lá a gente fazer o nosso trabalho. ’” –S.K.

“Os corpos de bombeiros que adotaram cedo a NFPA 1500 se tornaram modelos – eles expressaram a arte do possível. Outras pessoas olham e dizem: ‘Claro que eu posso fazer isso!’ No final das contas você pode viajar dentro do caminhão tão bem como fora. Isso até parece estúpido, mas foi uma grande mudança para nós. Muitas pessoas subiram em carros fechados e a vida continuou.” –A.B.

“Depois da publicação da NFPA 1500, muitos sindicatos de bombeiros utilizaram-na em negociações coletivas para garantir que o equipamento comprado pelo departamento seguia as orientações da NFPA. Ainda lembro quando fiz parte do nosso comitê de negociações que introduziu provisões no acordo, de forma que o comandante teria de considerar equipamento conforme a NFPA e não poderia rejeitá-lo porque era mais caro.” –K.W.

“As pessoas diziam que iríamos pelo ralo, então você via alguém que fazia todas essas mudanças e não iam pelo ralo, nem encontravam um. De fato, estavam muito melhor. Eles não estavam se matando, e estavam muito mais saudáveis.” –A.B.

Uma mudança cultural e novos desafios

“Nos 30 anos desde que a norma foi publicada, houve uma mudança cultural total, de tal forma que os jovens hoje pensam que a forma como fazemos é a forma que sempre existiu e que é realmente uma coisa boa.” –S.K.

“Do ponto de vista das operações quase tudo que fazemos hoje tem algo a ver com a NFPA 1500. Afetou as práticas, os sistemas, os procedimentos e as tecnologias,” –A.B.

“Tantas coisas na NFPA 1500 são prática usual agora. Carros totalmente fechados e cintos de segurança nos caminhões. Ter uma abordagem estrutural do comando do incidente e não tentar agir se não tiver pessoal suficiente para fazê-lo de forma segura. Insistir para que as pessoas tenham o nível de treinamento adequado para as tarefas que devem realizar. Utilizar os aparelhos de respiração sempre. Exames médicos de rotina. Assegurar que as pessoas estejam em condições médicas e físicas de fazer o trabalho.” –J.G.R.

“Quando me envolvi com a NFPA 1500, se fosse mencionado num posto de bombeiros ou junto de comandantes de bombeiros era, ‘Não fale daquele documento, isso vai destruir os bombeiros. Agora é ‘Claro que cumprimos a NFPA 1500, é o correto. Claro que protegemos nosso pessoal e garantimos que tenham o EPI adequado.’” –S.K.

O trabalho para refinar e atualizar a norma continua. A edição 2017 da NFPA 1500, a sétima edição do documento, será publicada este ano.

“Desde seu lançamento, a 1500 sempre evoluiu e cresceu. Quem teria pensado que hoje a norma precisaria de seções sobre a resposta a tiroteios, ou a exposição a pandemias?”-K.W.

“A questão que está surgindo hoje é o cancro que afeta os bombeiros. Devemos mudar nossa forma de fazer negócios para reduzir nossa exposição ao cancro.” –J.G.R.

“Estamos lidando agora com a questão do cancro na NFPA 1500, falando de garantir que a descontaminação seja feita na cena do incêndio antes de voltar ao posto. Veremos mudanças na tecnologia, no EPI, mesmo nos veículos.”- S.K.

“Sempre fomos orgulhosos de estar sujos, mas devemos limpar nossa roupa e mantê-la limpa. Essas são as locas idéias radicais que estão aparecendo agora.”-J.G.R.

“A saúde do comportamento é também uma área onde penso que as mudanças na NFPA 1500 podem trazer maiores mudanças na comunidade da resposta. De momento é um problema muito pouco reconhecido.”

–John Montes, paramédico de longa data em Boston e pessoa de contacto para a NFPA 1500.

“Nesta ultima edição começamos a olhar para o desenvolvimento profissional, que é muito importante. Você não quer promover um bombeiro na sexta feira, e na segunda ele leva uma camisa branca e você não lhe deu nada para o disco rígido lá acima. Devemos garantir que isso vai acontecer.” –M.L.

“Outra questão importante é o uso, a aplicação e a implementação razoável da tecnologia. Como devemos usá-la duma forma prática para que a segurança humana seja mais efetiva? –A.B.”

“Não há duvida que estamos a anos luz de onde estávamos antes, mas ainda temos um caminho longo por percorrer - ainda estamos matando quase 100 bombeiros por ano e ainda vemos níveis inaceitáveis de ferimentos. A geração que entra nos bombeiros agora terá a possibilidade de elevar ainda mais o nível de segurança.” –S.K.

“Nunca vamos acabar. Quanto mais aprendemos, mais temos consciência de tudo que não sabemos. Devemos continuar a ser estudantes – pensando, lendo, escrevendo e escutando.” –A.B.

“Dependendo de quem era o oficial, você podia ouvir, ‘Nem pense em levar aquele SCBA – não é assim como combatemos o incêndio por aqui.’”

RESPOSTA MEZCLADA

A recepção da nova NFPA 1500 variou muito, desde departamentos que a adotaram até aqueles que a viam como uma ameaça ao sérvio de bombeiros.

Antes & Depois

Mortes e ferimentos desde a adoção da NFPA 1500

Número médio anual de mortes de bombeiros

Número médio anual de ferimentos de bombeiros

Numero anual médio de incidentes

Numero anual médio de mortes por paradas cardíacas súbitas

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